Discreto, arcebispo brasileiro terá papel importante no funeral de Francisco e no conclave
- 24/04/2025
- Pouco conhecido fora dos círculos eclesiásticos, o arcebispo brasileiro Ilson de Jesus Montanari, de 65 anos, é uma das figuras-chave nos bastidores do Vaticano desde 2020.
Nascido em Sertãozinho, no interior de São Paulo, dom Ilson ocupa o cargo de vice-camerlengo da Igreja Católica, uma posição que o coloca no centro da engrenagem administrativa da Santa Sé em um dos momentos mais delicados da instituição: a transição entre papados.
Com a morte do papa Francisco, aos 88 anos, o brasileiro conhecido por ser muito discreto e reservado terá papel decisivo nos ritos de transição e na condução do conclave que elegerá o novo líder da Igreja.
Na prática, dom Ilson é o segundo na hierarquia da Câmara Apostólica, órgão encarregado de administrar os bens, as finanças e toda a estrutura operacional do Vaticano, na ausência do pontífice -- seja por morte, renúncia ou impedimento temporário, como uma viagem.
O paulista assume as funções do camerlengo caso o titular esteja impedido. Atualmente, o cargo é ocupado pelo irlandês Kevin Joseph Farrell, nomeado por Francisco em 2019 e que anunciou a morte do argentino.
Quando o papa morre, dom Ilson tem como função, ao lado de Farrell, constatar a morte do pontífice e trancar o quarto até que o próximo chefe da Igreja seja eleito. No caso de Francisco, esse rito já aconteceu.
Muito antes de assumir tamanha responsabilidade no Vaticano, dom Ilson foi bancário em Ribeirão Preto (SP) no período noturno -- antigamente se descontavam cheques nesse período -- e de manhã ia direto para a faculdade de filosofia para aulas matinais.
Foi ali, em 1982, que ele conheceu o hoje teólogo e padre Gilberto Kasper, de 68 anos, que o descreve como um homem que possui espírito de liderança, sensibilidade pastoral e um zelo administrativo para assuntos da cúria.
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