Vereador de Bom Princípio do Piauí é preso suspeito de estupro de vulnerável
- 20/05/2025
O vereador de Bom Princípio do Piauí Jacinto Costa Moraes (MDB) foi preso nesta segunda-feira (19), suspeito de estupro de vulnerável contra duas adolescentes. Em 2024, o parlamentar passou a ser investigado como suspeito de usar o cargo de então presidente da Câmara Municipal para atrapalhar a investigação que apura outro caso de estupro e tem como suspeito um ex-vereador.
Atualmente, Jacinto Costa Moraes também é investigado pelo Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) por suspeita de acúmulos ilegais de cargos públicos.
Em entrevista à TV Clube, o delegado Herbster Santos afirmou que a investigação que apura a prática de violência sexual contra adolescentes, por parte do vereador, iniciou em 2021. O inquérito chegou a ser arquivado.
"O vereador já vem sendo investigado desde o delegado que me antecedia e, por falta de provas na época, o inquérito foi arquivado. Mas obtivemos novas informações e pedimos a reabertura. O Ministério Público foi favorável e foi então representada a prisão preventiva, deferida pelo Judiciário", comentou.
Jacinto Costa Moraes foi preso nesta segunda-feira (19), na própria residência, em Parnaíba. Ele e a atual companheira tiveram os celulares apreendidos. Segundo o delegado Herbster Santos, o parlamentar negou ter cometido o crime.
"Foram coletados os aparelhos de celulares tanto dele quanto da atual companheira dele. Frisa-se bem que a atual companheira dele tem 17 anos e ele tem mais de 50 anos, é uma diferença de idade bastante significativa. E se forem coletados novas provas, vão servir de embasamento para ele ser futuramente condenado", acrescentou o delegado.
"Ele as conquistava e aproveitava desse poder econômico pra poder manter essa relação de abusador. As famílias acabavam sendo, entre aspas, coniventes com a situação, porque são pessoas pobres, que não denunciam por ter medo, por ter algum benefício às vezes", completou.
Segundo o promotor de Justiça de Buriti dos Lopes, Yan Walter, um grupo, formado por Jacinto, dois conselheiros tutelares e uma assistente social, é suspeito de formar uma associação criminosa para forjar uma visita à casa da adolescente, que teria sido vítima do estupro, e falsificar um relatório entregue ao MPPI.
Os investigados também teriam, conforme o MPPI, pressionado e ameaçado os familiares dela para que prestassem declarações falsas. O relatório falsificado foi produzido depois que a garota foi ouvida em escuta especializada na Promotoria de Justiça de Buriti dos Lopes.

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